Ciente de que segurança pública será o grande tema da disputa eleitoral de 2026, o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), decidiu fazer barulho com as ações do governo no setor. Nesta sexta-feira, 23, por exemplo, fará cerimônia para mostrar que o Paraná será o 1º estado onde as polícias Civil, Militar e Penal usarão o Taser 10.
As 1400 armas não letais chegaram esta semana ao Paraná. Custaram R$ 25 milhões, incluindo kit com trajes, coldre e bases de carregamento. Os recursos são do Tesouro do Estado, do Fundo Estadual de Segurança Pública e do Fundo Nacional de Segurança Pública. O governo local quer adquirir mais 600.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) também usa o equipamentarmamento não letal, considerado o mais moderno da categoria.

Movimentação rumo à disputa ao Planalto
O evento no Paraná acontece na mesma semana em que Ratinho Júnior e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), intensificaram a agenda e as declarações públicas, numa espécie de pingue-pongue sobre suas intenções eleitorais.
Recém-chegado ao PSD, o gaúcho reafirmou em mais de uma ocasião que é pré-candidato à Presidência da Repúlbica. O paranaense, por sua vez, ressaltou que fica honrado em ser cotado e sinalizou intenção em concorrer.
O presidente do partido, Gilberto Kassab, porém, tem sido taxativo quando é perguntado sobre a disputa interna: “Não haverá duelo”.
Há dois anos, Kassab vem anunciando Ratinho Júnior como nome preferencial do PSD para a corrida presidencial. Mas a negociação para filiar Eduardo Leite, ex-tucano, também envolveu deixar esse quadro aberto por enquanto. Até porque, se o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), decidir pelo Planalto em vez de buscar a reeleição no Estado, seu nome será o primeiro da lista.