Educação matemática é tema de estreia da série ‘É sobre Educação’

PUBLICIDADE

educacao-matematica-e-tema-de-estreia-da-serie-‘e-sobre-educacao’

“Aprender matemática não deve ser sinônimo de memorizar, mas sim de resolver problemas.” A frase dita por Adilson Dalben, supervisor de Projetos de Formação da Faculdade Sesi de Educação, traduz o espírito do episódio de estreia da série É sobre Educação, uma parceria do Estadão Blue Studio com o Sesi-SP. Com mediação da jornalista Camila Silveira, o podcast recebe Dalben e o professor-doutor Rogério Chaparin, docente do Instituto Federal de São Paulo e educador do Centro de Aperfeiçoamento do Ensino de Matemática do Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo (Caem-IME-USP), para discutir por que a matemática continua sendo um obstáculo para tantos alunos — e o que pode ser feito para transformar esse cenário.

Desempenho crítico

O ponto de partida da conversa é alarmante. De acordo com o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), sete em cada dez jovens brasileiros de 15 anos têm dificuldade para resolver problemas matemáticos simples. “Infelizmente, esse resultado não é novo. A questão vem de décadas e envolve muitos fatores — da estrutura escolar à formação do professor”, afirma Dalben.

Para Chaparin, é preciso repensar a forma como a disciplina é apresentada nas salas de aula. “Todos podem aprender, desde que a matemática esteja conectada ao cotidiano, à cultura e às experiências dos alunos. O problema é que ainda predomina uma visão formal, distante da realidade”, afirma.

Aprendendo na prática

Para enfrentar esse cenário, o episódio destaca iniciativas como o programa Matemática², do Sesi-SP, que oferece uma pós-graduação lato sensu voltada a professores da rede pública de São Paulo. A proposta é formar 26 mil docentes até 2034 e, assim, promover uma mudança concreta na forma de ensinar. “O foco está na resolução de problemas, no raciocínio matemático, na escuta ativa e no respeito à diversidade de estratégias”, explica Dalben.

Camila Silveira, Adilson Dalben, Sesi-SP (ao fundo), e Rogério Chaparin, IFSP e CAEM-IME-USP (à frente)
Camila Silveira, Adilson Dalben, Sesi-SP (ao fundo), e Rogério Chaparin, IFSP e CAEM-IME-USP (à frente)

A conversa mostra, ainda, que, para além de fórmulas e cálculos, a matemática pode ser um instrumento de pensamento crítico, inclusão e construção democrática. “Uma aula de matemática que acolhe diferentes pontos de vista ensina também a viver em sociedade”, diz Dalben.

Mais recentes

PUBLICIDADE

Rolar para cima